quinta-feira, 1 de julho de 2010

Para todas as almas.

Eis que meu demônio se mostrou,
Quando teu Deus se aproximou,
Não combina comigo,
Não se encaixa contigo.
Porque o nome da minha alma não é inferno,
A chama do teu corpo não queima,
Tua inocência é manchada,
Como a pedra na calçada.
A consciência de quem ama grita,
Se o sentimento não é correspondido,
A entrega total não foi cancelada.
É algo que não começa e não tem fim,
Tua pele não é de marfim,
Algo que é insensível em mim,
Se o fato é verdadeiro,
Não anula a ilusão do pensamento.
E no dia em que eu não acordar,
E teu corpo ao lado do meu despertar,
Te consola com a ideia,
De que este mundo tive que deixar.
Mas chegará o dia que tu vais acordar,
No lugar em que minha alma foi descansar,
Poderemos novamente nos olhar,
Vamos estar no lugar em que as pessoas da terra querem estar,
Quando enfim deixarem de respirar.

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