sábado, 14 de agosto de 2010

...de você!

Os murmúrios mais parecem vozes agudas dentro do meu ouvido quando meu tímpano pede socorro. A recordação da tua voz se resume a algo distante, é como esperar que todas as folhas permaneçam nos galhos secos das árvores em pleno outono e as possibilidades de esquecer o que senti são mínimas e até mesmo inexistentes.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Na garganta

O que sei é que mesmo sendo banalizado é algo que se sente, sente forte quando a batida é ligeira. No meu peito não existe sentimento e as gotas de sangue ardem.
E saber que é preciso guardar aqui dentro, é preciso te guardar dentro de mim assim como os medos e segredos presos na garganta.
Eu, talvez perdida em um reino de tristeza recebo esse dom diretamente de ti sem que tu perceba, desvendado pela minha alma.
Fica, fica aqui, fica em mim, fica por mim, fica sem querer, fica sem saber, fica sem ser, sem entender...apenas fica.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Escondendo.

Mesmo que eu não saiba sorrir
Mesmo sem a experiência
Sem poder revelar o segredo no momento em que te vejo
Falsamente escondendo meu desejo
Desejo enorme te querendo com um beijo
Lembro tua voz, lembro teu cheiro
E ainda te quero por inteiro.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Por ordem

Eu não mereço, e ainda não sei como pude pensar que mereceria. Talvez nenhum ser humano mereça, e não existe nada maior, não existe nada mais poderoso e ainda mais doloroso do que algo mal resolvido que afunda o peito como uma ferida aberta. Mas quem sabe, o que mais doa seja a consciência de que passa, de alguma forma passa, mesmo sem querer, mesmo sem esperar. É uma ferida que por ordem deveria estar cicatrizada, mas sangra sempre da pior maneira quando eu percebo que o dia chegou ao fim e eu nem ao menos pude ver você. Talvez não seja a tua falta o que dói em mim, talvez seja algo que existe dentro de um peito que funciona, apenas.