sábado, 24 de julho de 2010

Não recomendo.

...Uma folha de caderno perdida na gaveta, de abril de 2010.
E então eu aceitei, porque quando você tem o mesmo problema, mesmo que não entenda, mesmo que a situação não seja a mesma, você precisa aceitar. Sem perguntas, sem possíveis respostas, porque aceitar é sempre mais cômodo. Eu, particularmente prefiro aceitar, alguns chamam de covardia, outros de medo, sorte, tédio...mas aceitar é melhor.
Enquanto eu aceito as coisas, com a desculpa de que são por que são e não existe explicação, eu passo os dias, tranquila. Estou cansada de querer aventuras falsas. Isso me dá tempo pra pensar e escrever que aceitando você arruma tempo pra tudo, o que é indiscutivelmente uma enganação fajuta, e assim como eu, outros seres monótonos errôneamente aceitam que aceitar é melhor.
Não me recordo em que ponto da vida mal vivida comecei a aceitar, apenas comecei. Não sei em que parte me perdi, ou talvez, me encontrei, e continuo aceitando. Um hábito, uma obrigação, um estilo de vida. Aceitar me ajuda a aceitar, e é errado afirmar que vivo, sei que apenas existo, existo porque aprendi a aceitar. Não sei viver de outra maneira, e nem quero. E também não obrigo ninguém a me aceitar, não recomendo, aliás.
Porque não me importa se você não aceitar, eu aceito.

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