sábado, 20 de março de 2010

Doce ferida.

Eu não vejo seu rosto sempre, e quando vejo é nos meus sonhos. Mas se eu pudesse nunca dormir pra poder fugir da sua imagem, eu apenas queria que você sumisse da minha cabeça. E eu não sinto mais as facadas no meu peito, não como antes, agora elas se resumem a picadas de alfinetes e eu continuo suportando. Toda vez que a noite chega e eu não tenho nada pra fazer além de deitar minha cabeça no travesseiro e esperar que o sono venha junto com você.
Eu não sinto orgulho, não sinto pena, é muito banal, mas se agora tanto faz porque eu ainda sinto?
Tudo o que eu posso fazer é agradecer por você ter feito meu coração desaparecer com o tempo e quando eu penso, quando eu lembro da grande ferida e do buraco negro sem fim que está ali eu desejo nunca ter nascido.
Não é algo que possa ser esquecido, não posso apagar, não consigo. Ou talvez eu só não queira. Eu peço por mim, peço por você, e mais do que tudo eu peço todo dia para conseguir seguir em frente, peço para conseguir deixar você de lado, mas não está funcionando.
Mas se você está bem, eu deixo o que eu sinto de lado pra você ser feliz.

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